quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

INVESTIMENTOS: RENTABILIDADE, LIQUIDEZ E SEGURANÇA


Investir é aplicar a renda poupada em alguma coisa para gerar mais renda .ou manter o patrimônio. Os investimentos podem ser feitos no mercado financeiro ou na chamada economia real. Os investimentos no mercado financeiro são feitos geralmente através dos bancos, enquanto os investimentos na economia real consistem em montar algum negócio ou na compra de algum bem com a expectativa de que ele se valorize.

Ao realizar investimentos as pessoas precisam atentar para três elementos muito importantes visando compatibilizar os investimentos com os objetivos a alcançar, a liquidez, rentabilidade e segurança.

A liquidez está relacionada à capacidade do investimento converter-se em dinheiro que possa ser utilizado pelo investidor. Investimentos em que isso acontece facilmente são chamados investimentos de alta liquidez. Investimentos em que é mais difícil convertê-los em dinheiro são ditos de baixa liquidez.

A rentabilidade é a renda gerada pelo investimento. É a rentabilidade que faz com que o investidor deixe de gastar o dinheiro no presente com o objetivo de ter um poder maior de consumo no futuro. A rentabilidade é também chamada retorno sobre investimento.

Segurança diz respeito à maior ou menor possibilidade da rentabilidade esperada ocorrer ou não. Investimentos com maior segurança são aqueles em que é alta a probabilidade do ganho esperado. Investimentos com pouca segurança tem baixa probabilidade do rendimento esperado ocorrer ou ainda risco de perda de parte do valor inicialmente investido.

É importante que o investidor antes de investir estabeleça primeiramente seus objetivos de investimentos e a partir daí equilibre esses três elementos com esses objetivos. Se quer uma maior rentabilidade, terá que assumir maior risco; se quer mais segurança, deve procurar investimentos menos arriscados; se priorizar a liquidez, deve procurar investimentos onde seja fácil obter o dinheiro investido de volta.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

INVESTIMENTOS: COMO ANALISAR A RENTABILIDADE



Para avaliar o grau de rentabilidade de um investimento é preciso fazer a relação entre o valor em reais obtido, o valor investido e o tempo que durou o investimento. Por exemplo, um investimento de R$ 100 que gerou R$ 7 de rentabilidade em um ano, tem rentabilidade de 7% ao ano. Essa é a chamada rentabilidade nominal e não é a mais importante para avaliar adequadamente o investimento. Para melhor análise é preciso saber a rentabilidade real que é a rentabilidade nominal descontada a inflação do período (consulte o texto sobre índices de inflação). No exemplo anterior, caso a inflação em um ano seja de 5%, a rentabilidade real será aproximadamente 2%. A rentabilidade real , portanto, representa o aumento de poder de consumo do dinheiro.

Vamos explicar com mais detalhes, tomando ainda o exemplo anterior.

No exemplo citado, os R$ 7 de ganho nominal proporcionados pelo investimento não representam aumento do poder de compra, pois R$ 5 (inflação de 5%) refere-se apenas à reposição do valor que o dinheiro perdeu. É mais ou menos o seguinte: com R$ 100 comprava-se um determinado produto há um ano atrás e agora o mesmo produto custa R$ 105. Logo, se usar o dinheiro que foi aplicado por um ano mais o rendimento, no caso R$ 107, para comprar o produto, ainda sobram R$ 2 que é o ganho real.

É muito importante a análise da rentabilidade real em qualquer investimento e para isso é preciso escolher um índice de inflação adequado para fazer a comparação entre o ganho e a inflação.

Não se iluda com a rentabilidade nominal, analise a inflação do período de investimento para apurar o ganho real que é o que realmente importa.

INVESTIMENTOS: RENTABILIDADE E RISCO



Poupando dinheiro as pessoas podem investir no mercado financeiro, através de aplicações em bancos e outras instituições, ou montar algum negócio como comércio, indústria ou prestação de serviços, isto é, tornar-se empreendedor. Há aquelas pessoas que juntam uma quantidade de dinheiro com objetivo de montar um negócio, assim como há aquelas que mesmo tendo o dinheiro e não precisando dele no curto e médio prazos, preferem aplicar no mercado financeiro. O que determina entre essas duas escolhas? Normalmente duas variáveis, o risco e a rentabilidade.

Em se tratando de investimentos, risco é a possibilidade do ganho esperado não acontecer, enquanto rentabilidade é a quantidade de dinheiro obtida acima do valor que foi investido, sendo fruto do investimento. Voltando à questão anterior, no geral investir no mercado financeiro tem menor risco que montar um negócio. Por isso, muitas pessoas que não querem correr risco preferem deixar o dinheiro aplicado no banco do que empreender, mesmo sabendo que as chances de dar certo podem ser grandes. Para montar o negócio a pessoa precisa, além do dinheiro, ter disposição para assumir o risco envolvido. Por ter risco maior que a aplicação no banco, a rentabilidade esperada pelo empreendedor é muito maior que a obtida na aplicação financeira. Daí pode-se deduzir que quanto maior for o risco, maior será a rentabilidade desejada por quem vai investir. Quem quer correr menos risco, aceita uma rentabilidade menor.

Esses dois conceitos são os mais importantes para decidir sobre onde investir. Mesmo no mercado financeiro há aplicações de menor e maior risco. No momento de escolher investir, a pessoa não deve se iludir somente com a rentabilidade gerada no passado por determinado investimento, seja ele investimento financeiro ou empreendimento. É essencial avaliar o nível de risco que está disposta a assumir. Se desejar maior rentabilidade terá que aceitar maior risco, se não estiver disposta a aceitar maior risco, terá que aceitar uma rentabilidade menor.


domingo, 28 de novembro de 2010

MEDINDO A INFLAÇÃO: ÍNDICES IPCA e INPC



Dois importantes índices de inflação no Brasil são o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo e o INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Ambos são calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.

O IPCA é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo. No ano de 1999 o Brasil adotou um sistema de metas de inflação como forma do governo manter a inflação equilibrada. O índice escolhido para medir e controlar o cumprimento da meta foi o IPCA. A meta de inflação para 2010 e 2011 é 4,5%, com margem de 2% para mais ou para menos, o que significa que o governo vai trabalhar no sentido de que o IPCA fique entre 2,5% e 6,5% em cada um desses anos. O 4,5% é chamado centro da meta.

O IPCA é calculado com objetivo de medir o aumento médio de preço dos produtos consumidos pelas famílias que ganham de um a quarenta salários mínimos. O índice mede a variação de preços de produtos de alimentação, transportes e comunicação, despesas pessoais, vestuário, habitação, saúde e cuidados pessoais, artigos de residência. Esse é um índice muito importante para os brasileiros, pois toda vez que ele ameaça subir, o Banco Central aumenta os juros (leia o texto sobre a taxa básica de juros) e o aumento dos juros torna os empréstimos e compras a prazo mais caros.

O INPC é o índice utilizado pelos sindicatos das categorias profissionais para negociação dos aumentos de salários. É calculado para medir o aumento médio de preço dos produtos consumidos pelas famílias que ganham de um a seis salários mínimos. Para seu cálculo o IBGE mede a variação de preços de itens de alimentação, despesas pessoais, vestuário, habitação, transportes e comunicação, artigos de residência, saúde e cuidados pessoais.

Abaixo segue o valor desses índices dos últimos cinco anos:


2005

2006

2007

2008

2009

IPCA

5,68%

3,14%

4,45%

5,90%

4,31%

INPC

5,04%

2,81%

5,15%

6,48%

4,11%

Veja que os índices ficam bem próximos, apesar de ter metodologias diferentes de apuração. O controle da inflação foi uma das grandes conquistas do país, pois no final dos anos 80 e início dos anos 90, a inflação esteve em nível muito elevado e foram vários planos adotados por diversos governos para seu controle, entretanto, sem solução. O Plano Real, implantado em 1994, obteve conseguiu êxito no equilíbrio dos preços.

Quem sou eu

Graduado em Administração, especialização em Gestão Pública. Bancário e professor no curso de Administração. Certificado como analista de investimentos do mercado de capitais (CNPI), analista registrado na APIMEC-Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais. Certificado em investimentos financeiros na modalidade CPA20 pela ANBIMA-Associação Brasileira das Entidades dos Mercado Financeiro e de Capitais. Cursos de aperfeiçoamento - pela FGV-Fundação Getúlio Vargas:Mercado de Ações a Vista, Finanças Empresariais, Consultoria em Investimentos Financeiros, Gestão de Crédito e Risco, Balanced Scorecard, Gestão de Tesouraria, Finanças Internacionais e Política Macroeconômica, Fundamentos de Economia Internacional; pelo IBMEC-Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais: Matemática Financeira e Instrumentos e Operações do Mercado Financeiro; pela FIPECAFI-Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras: Avaliação de Empresas. Vários anos dedicados ao estudo dos temas Mercado Financeiro e Finanças.Já ministrou várias turmas das disciplinas Administração Financeira e Orçamentária I e II nos cursos de Administração e Ciências Contábeis.

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